Ryn Frank |
Minha filha fará três anos na próxima semana.
Ela nasceu no dia 1º de abril. A minha maior verdade nasceu no dia da mentira, e apesar dessa conclusão piegas e tosca é isso que venho sentindo ultimamente.
Como a maternidade é esse mar de cuspes jogados pra cima e no qual nado de braçada, venho por meio deste texto dizer que eu finalmente compreendi na minha pele o que é transformador na maternidade.
E é dolorido viu, pelo menos no meu caso.
Sempre via legendas e textos falando o quanto a maternidade é transformadora e eu só virava os olhos e pensava "Transformador como, amore? Fala mais pra mim? Quem sabe eu concordo com você."
E a real é que me deparar com minha cria repetindo ações que eu não gosto em mim, foi aterrorizante. Aterrorizante porque sou uma pessoa apegada a minha zona de conforto, para mim é muito difícil encontrar zonas de conforto e quando eu as encontro não quero abrir mão. Mas estou aqui saindo de uma zona de conforto em busca de outra e todo esse movimento foi causado pela Alice.
E assim, eu sempre fui a pessoa que pensava "não vou virar outra pessoa depois da maternidade, serei a mãe que dá pra ser" e não, estou tentando ser uma pessoa melhor para ser uma mãe melhor. E como nem tudo na mudança é horrível, fico feliz com os avanços que damos juntas.
Pronto expliquei. 👍
E, para completar esse texto de aniversário eu só queria deixar registrado para mim mesma a alegria que sinto ao passar pelas ruas por onde eu caminhava com a Alice grudada no meu colo, no ergobaby. Ela não vai se lembrar disso daqui uns anos, mas eu nunca vou esquecer o calor dela, o bico que ela faz dormindo ou que ela enrola o cabelinho para dormir.
Alice, muito obrigada por me proporcionar tanto, filha.💗
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