domingo, 24 de maio de 2020

Sem sentido.

Desde a última vez que escrevi por aqui sempre penso "ai, hoje vou escrever sobre isso ou sobre aquilo ou quem sabe sobre aquilo outro".

Mas a grande verdade é que quando a Alice dorme, eu corro pra fazer algo importante da casa/trabalho, ou durmo, ou ainda e o mais importante de tudo, não escrevo pois estou sem saber sobre o que escrever.

Histudioo
Histudioo

Não irei dedicar nenhuma linha para falar do governo (já dediquei meia e tá bom) e nem sobre as fases da quarentena. Afinal de contas ainda tem tantas fases por vir, não é mesmo?

Falar sobre a Alice eu também nem sei mais o que, ela é maravilhosa e está em um momento muito legal, se comunicando, fazendo carinhas, conversando na língua dela e ficando com uma sobrancelha igual a minha. E eu estou tão maravilhada com o crescimento dessa pessoa que não sei nem verbalizar o que sinto. 

Vou falar sobre os livros que estou lendo? Bom só tô lendo livro pesado, nada que dê esperança a humanidade. Comecei a quarentena com "A guerra não tem rosto de mulher" e até hoje estou pensando como, nós mulheres (e a humanidade também!), conseguimos voltar a estaca zero depois da 2ª Guerra Mundial. Em seguida comecei "As alegrias da maternidade" e parei no meio para dar um tempo pra minha cabeça pois é muito triste e aí, comecei a ler "Vozes de Chernobyl" e eu sinto que estou vivendo o mesmo que em Chernobyl, só que no Brasil e que o final eu não sei como vai ser, mas sei que não será bom. 

Ah e antes da quarentena eu li um livro ótimo, mas tristão também, chamado "O peso do pássaro morto" MANO DO CÉU, pensa em como um abuso sexual destruiu a vida inteira de uma mulher. Pois é, esse livro trata disso sem focar necessariamente no assunto e isso é o mais pesado para mim, essa sutileza cruel que fica da questão não resolvida.

A única coisa fofa (e que nem teve o final que eu queria e também não era tão fofa assim) foi Normal People que me fez lembrar dos tempos/amores de faculdade e da Harissa daquela vida, que agora parece outra vida. Na verdade até a vida de 2019 parece outra vida, se olharmos de onde estamos agora. 

"Faz sentido para você?"

E com essa frase dita toda segunda-feira pela minha terapeuta, termino esse post. 


Nenhum comentário: