terça-feira, 10 de março de 2015

Uma piscina de euros.

Eu queria escrever um texto bem lindo, que passei a corrida inteira escrevendo mentalmente. Coloquei em palavras imaginárias  tudo aquilo que me aprisiona nesses últimos meses. Mas comecei a ver novela e me encantei/assustei por uma piscina de euros bizarros e perdi o afã da escrita. Primeiro pensei que eram dinheiros de Banco Imobiliário, depois fui informada que eram euros. 

Mas ok, agora concentrando. Me recomendaram escrever ou utilizar essa criatividade toda que mora dentro de mim para algo útil ao invés de ficar fritando o cabeção e criando tragédias imaginárias que me fazem sofrer no mundo real. 

Há dois anos eu tomei a decisão mais acertada da minha vida. Troquei um emprego promissor e burocrata, por um horizonte profissional vazio, pronto para ser reescrito. A bem verdade é que passado os seis primeiros meses de liberdade (sim, me sinto livre) eu não enxergava um horizonte, mas um abismo mesmo. De qualquer forma, não sentia a mínima vontade de sair enviando currículos para fazer a mesma coisa que fazia anteriormente. 

E para alegria geral da nação, que no caso é minha família, eu encontrei um emprego fixo que nada tem a ver com a minha formação. A noção de desperdício de boas escolas, universidade pública, pós graduação, cursos interessantes, foi embora quando falei "arrumei um emprego fixo". Louvado seja Deus, que colocou um pouco de juízo na cabeça dessa menina. 

Sobre o tal do "juízo", eu não posso afirmar com segurança de que ele está aqui comigo, convivendo com tantos eus. Pode ser que Deus tenha me colocado mais uma noção de culpa e desespero por envelhecer sem ter uma carreira consistente, do que o tal juízo mesmo.

Mas enfim, o importante de tudo isso é que eu não preciso ter todas as respostas agora. Nesse exato minuto. E nem tenho que parecer uma pessoa que não sou.

\o/

2 comentários:

bittarpoeta disse...

Concordo com o que li, parabéns

vavevi disse...

A piscina de euros caiu muito bem neste post! Beijo boni!