sábado, 4 de junho de 2011

Meu tempo é quando.

Uns dizem: 'vá por ali', outros: 'vá por aqui'. E chegou a pensar que fossem versos de outrem, mas não. Eram dela mesma. E eram tantas as vozes, tantas opiniões que já não sabia o que sentia e para qual lado olhar ou que caminho seguir, tentava ir até o fundo de si mesma  mas voltava de lá sempre com falta de ar. E em seguida desistia. E já não sabia se o que era, era ela mesma ou a visão quem alguém algum dia lhe contou. 

A "vida", sempre ela, não dava tempo. Andava a toque de caixa e ia ao seu lado repetindo em seu ouvido direito: "vamos menina, vai perder o bonde assim". Para variar, não havia uma conclusão para aquilo que sentia. Não há conclusões no vazio.

2 comentários:

Peterson Quadros disse...

Não há conclusões no vazio? Bom, o próprio vazio é a conclusão. Adorei o começo e a descoberta que os “uns” eram ela mesma. A velocidade entrou na história e assumiu o seu papel. Tudo muito delicado e enigmático. Esse Blog é um livro que me deixa tonto ao tentar entende-lo. Abraços

Andy disse...

De vez em quando eu venho aqui. Encher meu coracao...
beijo