terça-feira, 5 de dezembro de 2006

"E quem sabe sonhar com os meus sonhos, por fim"

No momento em que ele a perguntou no que ela estava pensando, ficou muda. Como responder que ali, olhando para a cidade lá embaixo ela pensava no enterro da avó. Soaria como uma ofensa, mais tarde ele pensaria: "eu a faço lembrar do entrerro da avó! Grande bosta eu...".
A cabeça dela dava tantas voltas que era difícil para ela mesmo explicar que naquele momento, não lembrava da tristeza, mas sim da beleza do instante em que uma mulher de voz forte cantou para a avó "As rosas não falam". Talvez fosse pelo instante que gostava tanto daquela música, ou talvez fosse porque o gosto da avó a intrigava. Mas aquela voz ela não conseguia esquecer, a mulher que cantava não tinha mais nome mas tinha mania de beijar demais e apertar bochechas e obrigar todo mundo a comer doces de sabores enjoativos. Mas quando cantava aquilo tudo era superado pela intensidade do canto.
E quando ouviu de novo, "mas o que você está pensando, hein?" disse que tinha que ir embora. Aquela felicidade a sufocava e sentir ternura pelo mundo era cansativo demais.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eiii... Fuço pela primera vez no teu blog e vejo que postei sobre o mesmo assunto (de forma completamente diferente de vc, claro): avós!
Beijo lindona!
Ah! Te pus na lista do meu blog, tudo bem?
Beijocas,

Anônimo disse...

Que ótimo!!! Escrevemos todas ao mesmo tempo... Em questão de 5 minutos o blog da Dê tinha 4 comentários... hahaha
Fui obrigada a entrar no teu blog pra xeretar.
Ah, sim, morra de inveja, ela tá em Lençóis, e nós vamos passsar ano novo com ela por lá, não quer ir com a gente não???
Volto aqui mais vezes pra continuar lendo... beijinhos

Anônimo disse...

Pois é, Chapada e Patrimônio Histórico. Bom demais né? Mas em fevereiro estou de volta a terrinha.
E aqueles sambas são mesmo lindos, tem como não amar?
Beijos lindona!