domingo, 27 de agosto de 2006

a dor, reflete nossa vida toda

Aqueles eram dias em que dar o braço a torcer era uma obrigação diária. Após passar o dia todo cantarolando uma música de beleza besta, de um cantor de infindáveis falsetes chegava quase a admitir que gostava dela. O tempo todo o casal da música rodopiava em sua mente, fazia o desenho dos pés deles em um chão imaginário "somos apenas dois mulatos", a rota das batidas do tambor a levavam até ele.
Antes dele era impossível, para ela, compreender as paixões alheias, mas vê-lo tocando transformava o mundo em algo muito simples. Voltava sempre ali, para observá-lo de longe pois longe era o lugar que ele tinha na vida dela.

Um comentário:

Carlos Carah disse...

opa. valeu!