No fim era aquilo mesmo, quem seria o primeiro a ir ao banheiro? Esperar que voltasse não era indicado para o orgulho próprio, talvez não voltasse. Ela mesma queria que não voltasse.
Lembrou-se da frase vinda do alto: "...não sei, as vezes me perco. Na Rússia, na China e na Índia pode existir uma pessoa tão especial quanto você. Não vai ser você...". Não lembrava-se do fim da frase, não prestou atenção. Os olhos e as mãos eram mais importantes num homem que vestia aquele seu velho casaco laranja.
Ali, dançando sozinha, olhava para cantora e instaneamente calculava. Sim, fazia um ano que escutou aquela frase e fazia um ano que esperou que ele voltasse do banheiro.
Um comentário:
Lindo, seus textos, mulé! Vou fazer um link pra Sábado na Escada no meu blog.
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