sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

Saudades

Ao seu lado no carro, ela já não sentava mais.Pensou nos dias em que juntas dividiam o banco de trás, nas infinitas placas verdes e nos boias-frias que sonhavam com bife à cavalo. Sentiu uma picada de agulha no peito, parecia aquelas que a costureira dava sem querer, enquanto media a fantasia.
Não era uma dor e nem um fardo a ser carregado, não sabia nomear aquilo. Agora, sempre sobrava um ventilador para ela e a Linha do Equador que dividia o quarto, já não era necessária. Não eram mais férias de verão e ninguém iria voltar.

Um comentário:

Anônimo disse...

é...essa agulha tb espetou por aqui........
tava com saudade dos seus textos tb......
lindos!
beijo..