terça-feira, 9 de agosto de 2005

Quando ele chegou ela já estava lá havia uns cinco minutos. Ela o observava de longe, como uma criança que olha para uma vitrine de doces, não entendia o truque que ele fazia ao conseguir transfomar um gesto tão banal, arrumar o próprio cabelo, em algo tão belo. Ficou assim perdida no gesto por cinco minutos, tentando guardar na memória cada movimento. Se pudesse parava o tempo e ficava ali eternamente o observando, mas o tempo foi mais rápido que ela. Quando viu já estavam na estação Consolação e ele desceu correndo, sem notá-la.

2 comentários:

Anônimo disse...

alguém disse que 'um dia no metrô, descobriu que a pressa é inimiga da paisagem'....
que bom que você consegue descobrir outras coisas....
lindo texto...

Harissa B. disse...

ahahah, valeu tati... o metrô é um tto sufocante em certas horas, mas existem estações e alguns lugares de estações que são bem legais... outro dia eu tava na sé e descobri um lugar mega vazio, acho que ng passa por lá... o tal do "espaço residual" pensei no programa, no projeto, pensei que na verdade não controlamos nada meeeesmo!