Há uns dois meses decidi mudar de casa, há menos de um mês mudei.
Nunca imaginei que trocar de bairro fosse mudar tantas coisas em mim, talvez aqui dentro era isso o que faltava (será?). Depois de passar um tempo me despedindo de um bairro e uma casa onde vivi por 12 anos, aceitei o novo. Não sem desconfiança e um medo imenso de futuro, mas aceitei o inevitável.
A cada momento vivendo o novo penso que o melhor é não pregar nenhum quadro na parede pois foram quadros demais para embalar, depois esqueço e acho que está na hora dessa casa ser caótica como tudo o que está acontecendo aqui dentro. Logo em seguida volto para a estaca zero e acho que o melhor é vender tudo e começar do zero no que diz respeito a quadros e livros e cacarecos decorativos. Mas não chego a nenhuma conclusão e sigo com essa parte embalada, bem embalada por sinal.
Faz um tempo eu li um texto que dizia que assim como Roma, somos minas de nós mesmos, sempre há um tesouro escondido. Basta cavar. Há dois meses venho cavando fundo, dormindo e comendo mal, postergando coisas simples e basicamente não encontro nada. Logo eu que em dezembro me conectei com uma versão minha que gostava muito de Beatles, deixei ela escapar e nem sei para onde ela foi.
Tinham outras versões também que fui deixando escapar ao longo do caminho e que agora só me parece que tem uma bem oca esperando todas elas voltarem.
Como diria minha terapeuta: "Faz sentido isso?"
N e n h u m
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