Meus preferidos de 2012 são:
Intocáveis - Dir. Olivier Nakache
Quando vi o cartaz decidi que nunca assistiria ao filme. Para mim era a história de sempre: um homem inválido, um excluído socialmente, ajuda mútua, trocas sábias de experiências de vida e vivem felizes para sempre.
Mas não! Nesse filme tem ajuda sim, mas não existe pena-dó-caridade e é isso que me toca.
A Elegância do Ouriço - Muriel Barbery
Esse livro foi uma indicação e quem indicou disse que eu gostaria por conta das delicadezas. Confesso que demorei para engrenar. Das duas narradoras que constam no livro, a garotinha me cansava, mas fui avançando pois comecei a idolatrar a concierge. Em um dado momento, minha vida resumiu-se a apenas ler esse livro.
Sim, porque eu gosto de livro que me faz ter inveja do escritor (o que não é muito difícil), de livro que traduz o que eu nunca consigo colocar em palavras. Como descrever uma cena de despedida entre um casal, citando Caçada ao Outubro Vermelho e ainda fazer essa que vos fala chorar copiosamente? Ou ainda dar um tapa na sua cara (e na da personagem também), quando ela descobre a admiração de um mendigo por um crítico de gastronomia, um escroque, não porque ele talvez o ajudasse financeiramente, mas sim por ser um homem de personalidade forte. E finalizar com:
""Um jantar de vizinhos, sem cerimônia", ele continua.
"De vizinhos? Mas sou a concierge", argumento, embora muito confusa na minha cabeça."É possível possuir duas qualidades ao mesmo tempo", ele responde. (...)"
Frango com Ameixas - Marjane Satrapi
Triste. Cacetópolis, uma tristeza sem fim. Caso precise de alegria, não leia. É lindo de morrer (no caso).
Descobri a Marjane Satrapi como a maioria das pessoas, através do filme Persépolis, fiquei apaixonada. Comprei o livro e li em uma sentada. Sim, sou bairrista. Qualquer coisa que tenha a ver com o mundo árabe me interessa, menos a novela da Glória Perez, e a partir de Persépolis acompanho a carreira da Marjane Satrapi.
Frango com Ameixas comprei em parte para cumprir protocolo, fiquei meio desconfiada. Posterguei a leitura como de costume e quando acabei dei graças a deus por estar sozinha em casa e não ter que conversar com ninguém. O livro é curtinho, tem umas passagens lindas que te fazem ficar pensando sobre as escolhas de quem é sujeito responsável por realizar uma ação, tem que tomar. O personagem principal é um egoísta, tem pena de si mesmo e ainda assim é encantador. Vale a pena a leitura.
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