Nunca foi dada a diálogos com ilustres desconhecidos, usava fones de ouvido, abaixava a cabeça e desviava o olhar. As vezes por medo, vergonha, preguiça ou pura falta do que falar. Ensimesmada e egoísta? Certamente.
Porém toda semana havia um único momento em que era "obrigada" a conversar com estranhos e para essa tão fadada hora, torcia para o outro ser tão calado quanto ela. Mas não. Nunca era.
- Ixi moça, você quebrou seu dedo?
- Não, ele é assim mesmo (e mostra a outra mão);
- Moooça, você quebrou as duas mãos quando pequena?
- Não, eu NASCI assim.
- Ah, quebrou recentemente?
- cricricricri...
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