quinta-feira, 3 de novembro de 2011

sucrilhos com banana.

"(...)quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência (...)". Procuro isso todos os dias, incansavelmente, sempre em busca de alguma resposta que nunca é uma única resposta e sim várias delas, despencando constantemente do céu, brotando do chão ou surgindo como um poste de 'proibido estacionar'. 

Mesmo detestando o cartesianismo, a linha reta, a simetria o 'offset', é nele que encontro meu melhor método de vida. Organizo pastas, protocolos, separo por assuntos pessoas e e-mails. Canso de tanta burocracia, me desespero, detesto de novo o cartesiano, esqueço e volto para o mesmo ponto.

Saio correndo, desacreditada dos nove quilometros e seis lances de rampa. Classifico outros corredores, por cores de roupa, por penteados, por pisada. Esqueço. Canso sempre no quilometro 2 e sempre penso que daquele eu não passo, pelo cansaço ou por algum atropelamento. Esqueço.  No oitavo, sorrio e lembro que agora só falta um!

Morta de fome, conto pontos e me preparo feliz para a comida do momento. Que pode ser qualquer uma com requeijão. E nesse momento qualquer mistério da existência é decifrado, e a TV avisa que já está tarde para quem levanta com o telecurso 2000.


Tento ser uma pessoa melhor todos os dias e me culpo por me culpar. Educação cristã? Jesus está preso na cruz há milênios. E eu aqui tenho uma vida só, para "decifrar no desenho da madeira..."

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