sexta-feira, 30 de julho de 2010

das pequenas tragédias(?) cotidianas V.

Não tinha a mão mais bonita do mundo e nem o nariz mais charmoso que um homem pode ter. Sorria como quem pede desculpas por isso e tomava açucar com café. Sem mais nem menos falou: Li algumas coisas que você escreve. Nunca imaginei que você escrevesse bem. Mas você escreve. E melhor do que a encomenda.

Então é assim, a pessoa que não tem uma mão bonita, nem um nariz anguloso e que parece ter saído de uma caverna, te concede, da forma mais torta possível, o dom de escrever bem e pronto. Imediatamente você se esconde atrás da franja para nunca mais sair. E partir daquele exato instante não é mais ele quem pede desculpas por sorrir e sim você. Aliás, não só por isso, mas também por ter aceitado o café e os docinhos da melhor padaria do mundo e principalmente desculpas por se sentir feliz e só.

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