Ele a deixou na esquina, atravessou a rua como cega, atônita com o pacote nas mãos. O calor, o vento quente lhe causavam uma sensação de derretimento, mas isso não importava quando se tinha em mente apenas uma frase lida há tempos: "então é isso que chamam felicidade?".
Ia em direção ao ponto de ônibus repetindo aquela frase como uma prece, sentiu seu peito cheio de algo que parecia até uma dor. Uma alegria sonsa por ver no chão um papel rosa de bombom, o pacote ainda estava nas mãos, desafiador, como quem diz "abra", mas ela não queria, não queria...
3 comentários:
Menina dos ipês,
que bonito, menina, muito bonito...
Dos ipês,
agora sim...
Que bonito!
Um beijo com acerto.
tadinha! :ó((
Postar um comentário