Dentro do ônibus o garoto a olhava com olhos de adulto. Tinha no máximo três anos, mas seu olhar era antigo, que olhava devorando o quê via. Ela tentou decifrar aquele olhar e segui-lo. Sentia que ele percorria insistentemente a passarela que apontava na paisagem distante.
Na passarela havia um homem sozinho que andava de um lado para o outro, parecia que procurava algo perdido na paisagem.
O ônibus aproximava-se cada vez mais da passarela e os dois, em uma disputa silenciosa, tentavam achar o quê o homem procurava incansavelmente. Olhavam os galpões abandonados, as casas cinzentas, o céu fechado, caçavam no dia abafado alguma pista. Existia entre os dois um sincronismo de movimentos, um acordo secreto.Mas o ônibus foi mais rápido que eles...
Na passarela havia um homem sozinho que andava de um lado para o outro, parecia que procurava algo perdido na paisagem.
O ônibus aproximava-se cada vez mais da passarela e os dois, em uma disputa silenciosa, tentavam achar o quê o homem procurava incansavelmente. Olhavam os galpões abandonados, as casas cinzentas, o céu fechado, caçavam no dia abafado alguma pista. Existia entre os dois um sincronismo de movimentos, um acordo secreto.Mas o ônibus foi mais rápido que eles...
2 comentários:
comentário irônico para alguém que não sente cheiro
não sinto cheiro e tb não sou adivinha....
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