Esperava o ônibus com urgência, com a mesma urgência que sempre esperava o que estava por vir. Desceu no ponto final, correu aflita para chegar rápido ao seu destino e ao chegar já não o queria mais. Fez o trajeto de volta para casa a pé.
Sem querer retomou caminhos de sua infância, trajetos que já estavam tão sedimentados nela que nem ao menos percebeu que o fazia. Passou em frente a casa de uma antiga colega de escola.Não se lembrava do nome dela, mas lembrava-se de seu rosto e de suas expressões amargas. A menina era ruiva, tinha sardas, usava óculos, morava perto de uma senhora que sempre alimentava pombos e tinha cancêr. Sentiu uma sensação azeda que a menina sempre causara nela, lembrou-se de sua própria crueldade. E isso bastava para que ela não perdoasse a ninguém.
Sem querer retomou caminhos de sua infância, trajetos que já estavam tão sedimentados nela que nem ao menos percebeu que o fazia. Passou em frente a casa de uma antiga colega de escola.Não se lembrava do nome dela, mas lembrava-se de seu rosto e de suas expressões amargas. A menina era ruiva, tinha sardas, usava óculos, morava perto de uma senhora que sempre alimentava pombos e tinha cancêr. Sentiu uma sensação azeda que a menina sempre causara nela, lembrou-se de sua própria crueldade. E isso bastava para que ela não perdoasse a ninguém.
Sentiu raiva, raiva das pessoas felizes nos outdoors, das luzes coloridas da cidade, das conversas que escutava...
Chegou em casa e chorou sozinha.
2 comentários:
agora eu aprendi!!!heheheh
Na minha inconstancia de estar parei aqui pra olhar um trecho de uma
vida que ja compartilhei e que hoje vejo agora são poemas que com você
vivi.
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