Ela olha para si e sente medo de confessar-se. Lembra de quando bateu o dedão do pé no batente da porta e sentiu a sua carne latejando, sentiu a vida pulsando.Desejava aquela sensação de novo. Seu corpo, agora, pulsa. Mas por dentro ela se contrai toda, com medo. Parece que não pertence a nada, que não se deu a nada.
Entra no mar, o vai e vem das ondas a deixam tonta. Imagina o mar à noite e sente medo, medo de tudo aquilo que não pode ver. Ao passar a arrebentação fica aflita, tem medo de que algo puxe seus pés, começa ir cada vez mais para o mar aberto, mas o medo a faz voltar para areia.
Sentou na areia e ficou olhando a senhora sentada ao seu lado. Torcia para que ela não notasse que estava sendo observada e assim, desandasse a falar. Olhou para a mão dela, uma mão pequena com unhas bem pintadas e pensou em como uma pessoa que já não llembrava mais em que mês estava, poderia lembrar de pintar as unhas. A senhora começou a falar sobre o pôr-do-sol, no colorido dele e que desde pequena ela gosta de ver o pôr-do-sol mas que não entende como uma coisa que acontece todos os dias é diferente em todos eles. Ela pensa que também gosta das coisas que se repetem mas nunca são as mesmas.
Entra no mar, o vai e vem das ondas a deixam tonta. Imagina o mar à noite e sente medo, medo de tudo aquilo que não pode ver. Ao passar a arrebentação fica aflita, tem medo de que algo puxe seus pés, começa ir cada vez mais para o mar aberto, mas o medo a faz voltar para areia.
Sentou na areia e ficou olhando a senhora sentada ao seu lado. Torcia para que ela não notasse que estava sendo observada e assim, desandasse a falar. Olhou para a mão dela, uma mão pequena com unhas bem pintadas e pensou em como uma pessoa que já não llembrava mais em que mês estava, poderia lembrar de pintar as unhas. A senhora começou a falar sobre o pôr-do-sol, no colorido dele e que desde pequena ela gosta de ver o pôr-do-sol mas que não entende como uma coisa que acontece todos os dias é diferente em todos eles. Ela pensa que também gosta das coisas que se repetem mas nunca são as mesmas.
4 comentários:
Medo
Insegurança
Mar
Esse vai e vem
A nossa volta
Em nossa vida
Medo do desconhecido
Medo do perigo
Tudo isso
Eu senti também
Mas, hão de haver
Possibilidades reais
E tudo voltara a ser natural
Voltara a ser o seu quintal
O tapete do seu quarto
Onde tudo sera conhecido
Onde o medo não habitara
Isso que ora passas, passará
Deixe o tempo passar e veras
Um beijo
Te amo
Bittarpoetadosgrilos.
Gostei do seu texto
Realmente esta muito bom
Continue a escrever
Meus sinceros Parabéns
ABittar
Querida Harissa,
consigo, agora, lhe escrever, não porque estive operado ou meu computador me deixara na mão analfabeta do desejo literário, mas porque me veio a janelinha, esta aqui, de comentário.
Então, aproveito para dizer-lhe: estou gostando dos mini-contos.
Não sabia da arquiteta das letras que erige um olhar - um belo olhar -sobre um cotidiano. E na forma de contos mínimos.
Um beijo,
Filipe Bernardo de Oliveira
gostei muito do seu também,
conserva (em conserva) qualquer semelhança com o que penso e digo.
não-palavras,
um beijo-queijo: c.
Você é uma poesia divina e estou morrendo de saudades.
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