domingo, 12 de agosto de 2012

essepê.

Queria falar como os paulistanos em geral são estranhos. Quer dizer, estranhos não é a palavra exata, pois sou paulistana e não me acho estranha.  Talvez excêntricos.

Caso você, nobre leitor, nascido fora da cidade de São Paulo, passe uns tempos por aqui nos achará estranhos. Um tanto arrogantes? Um pouco ensimesmados? Vai comentar que andamos com pressa e ainda por cima admiramos prédios e marginais e asfalto.

Essa é a parte mais difícil de entender. Mas basta ir ao Parque Villa Lobos aos domingos ou mesmo durante a semana que você verá pelo menos 1 paulistano admirando a vista do parque em direção a Marginal Pinheiros. Se você ainda, meu caríssimo leitor, nasceu em uma cidade litorânea aí não só nos achará estranhos como quem sabe até, bizarros.

Mas é verdade. Paulistano curte mesmo um asfalto, uma via expressa e "mares de prédios". Uma ponte estaiada, atirantada e para alguns atArantada virou marco da arquitetura e reproduziu filhotes capengas pela cidade. Para as reproduções só tenho a dizer que de fato são capengas, para a ponte, sim. Ela é linda.

Certa vez vez escutei de um 'forasteiro' que a explicação para esse fenômeno seria o famoso ditado, quem não tem cão caça com gato. Mas esse é daqueles argumentos bem rasos e diminutivos da discussão. Prefiro acreditar que não há explicação para o que achamos belo e sim apenas sentimento.

Poderia ficar aqui descrevendo 1000 marcos asfálticos da cidade. Prefiro fazer isso ao longo dos posts. Prefiro também acordar cedo no domingo, correr pelo centro da cidade e voltar refeita para conseguir escrever sobre o que realmente importa. Mas isso também dá mais 1001 posts e meio.


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