domingo, 5 de setembro de 2010

Por três anos e meio o mesmo caminho, as mesmas pessoas, a mesma cadeira, as mesmas tarefas. Três anos e meio e a única coisa que conseguia pensar ao sair, pela última vez, é que aquela seria a sua última visão do Hall de granito. Sem tabeiras, molduras ou boiseries. A vida não era tão ortogonal e simétrica quanto o desenho daquele piso e poderia sim, vê-lo novamente. Mas nunca mais o veria do mesmo jeito, com a mesma sensação de frescor que sentia. Aquele sentimento ficava restrito às segundas-feiras cinzentas, as 11:30h da manhã em plena av. paulista. Ou na visão verde do trianon às 15:30 de uma sexta-feira.
A vida ainda não trouxe aquela tão sonhada viagem, nem a tão sonhada casa, nem a cômoda de gavetas azul/verde/laranja. Porém trazia em pequenas e pontuais doses a constante renovação da felicidade.

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