sexta-feira, 25 de junho de 2010

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No dia 1º de março, meu avô - se estivesse vivo - faria 96 anos. Desde esse dia eu ensaio escrever algo sobre ele e para ele, mas nada do que escrevo fica digno do que ele foi e do amor que sinto.

E fico sempre lembrando da diversão que era ir para Conservatória passar as férias de verão com ele, o ajudando/atrapalhando na horta, não o deixando dormir a tarde, penteando/despenteando o cabelo dele, fazendo ele descascar laranja e ainda por cima exigindo cortes diferentes da laranja. E, no final das férias lá estava ele me consolando e explicando a importância do estudo. Mas tudo era sem um ar de cobrança, de braveza e altivez, parecia que ele tinha também 7 anos e entendia mais do que ninguém que morar em Conservatória era muito mais legal. Acho que assim como eu, ele acreditava que lá ninguém trabalhava e era sempre férias.

Das pessoas que tenho e que já se foram ele é a que mais me faz falta e a que mais sinto saudades. Mas ele vive em todos os momentos em que é necessário tomar uma decisão importante, pois certamente é o meu maior exemplo de justiça, integridade e sensatez. Vive nos momentos em que me sinto plena e tenho vontade de contar para ele, vive também quando vou a lugares como o metrô.

Ele detestava SP, sempre que vinha para a cidade sem alma tinha conjuntivite, resfriado, a pele ficava muito seca etc. O único lugar que ele gostava daqui era o metrô e enquanto minha avó "media as ruas" de SP ele ficava zanzando de estação em estação admirando essas coisas que a engenharia faz. É por essas e por outras que a melhor maneira de homenageá-lo é indo a nova linha do metrô, ficar zanzando de um lado para o outro tirando fotinhos, achando isso bonito, aquilo feio, e obviamente ficando meio tonta com o vai-e-vem do trem.








Um comentário:

Andy disse...

Que linda voce. Lindo o vovô. Linda a linha do metrô. Não era pra rimar. Bjos