Era uma odalisca de 5 anos de idade, fazia poses para a mãe que sorria sem parar, ao fundo uma fanfarra com um cantor que desafinava algumas marchinhas de carnaval. Em todo o salão haviam crianças preocupadas com confetes e avós que relembravam os velhos tempos de baile.
Toda criança carregava em si uma alegria besta causada pela mesma batida e pelo som do trompete insistente. Do lado de fora do parque passava um bloco de homens fantasiados de bailarinas que gritavam e pulavam feitos loucos, hipnotisados por uma alegria que era imposta naqueles dias.
Ela gostava daquela alegria, gostava de saber que em pelo menos uma segunda-feira do ano tudo giraria em torno dessa hipnose. Deixou-se levar por um olhar há tempos esperado...
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